Em meio ao clima frio deste domingo (14), o último dia do The Town teve início com um show potente de IZA, que intensificou os ares do Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Após dar indícios de que usaria o espaço do Palco Skyline para inaugurar sua nova era, um áudio foi exibido com a voz de IZA falando sobre a importância do processo de purificação de ambientes, que introduziu a entrada da cantora sob um figurino remetente aos trajes egípcios (batizados em suas redes sociais de “Kemet Gyal”).

Entre sucessos do início de sua carreira (como “Dona de Mim”, “Ginga” e “Brisa”) e de seu último álbum, “AFRODITH” (como “Fé” e “Fé nas Malucas”), marcados sempre por intensos números de dança realizados por seus bailarinos, o show de IZA aqueceu verdadeiramente o público quando explorou mais do conceito da nova fase de sua carreira.

Reiterando suas raízes na música reggae, IZA fez questão de exaltar a cultura africana e do estilo criado na Jamaica trazendo o Olodum para uma performance energizante de seu hit “Pesadão” no Palco Skyline, após ter apresentado um cover de “Is This Love”, grande sucesso mundial de Bob Marley. 

Além de ter a nova fase de sua carreira era literalmente batizada ao vivo pela cantora Célia Sampaio, conhecida por ser a primeira mulher negra a gravar um álbum de reggae no Brasil, IZA ainda surpreendeu o público ao dividir o palco Toni Garrido com a performance da música “A Sombra da Maldade”.

Mantendo o carisma contagiante e a excelência vocal já conhecida há tempos pelos brasileiros, IZA despertou no The Town o potencial de uma nova era que, além de abordar a espiritualidade sob uma outra perspectiva, pode explorar ainda mais a forma como se conecta com suas origens. Se o próximo álbum – que ainda está sendo finalizado, como garantiu a própria – mantiver o mesmo nível da eletrizante e inédita “Caos e Sal”, IZA tem tudo para apresentar muito em breve mais um trabalho muito interessante e bem construído.